Oração (em voz alta)
Páro!
E quando já nada me apetece pensar
volto-me para o sol envergonhado,
no esconde-escode das núvens negras
e penso ainda...
E retomo a caminhada
na lenta passada dos dias
adivinhando a saudade
enquanto a chuva diluviana
sacode o silêncio poeirento
do Outono cinzento.
E olhando em redor
levanto as mãos em prece
e agradeço
uma vez ainda repetida e teimosamente
a luz e a treva
o sorriso e as lágrimas
o ser racional
e o ente espiritual
que me dá asas para (...)