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No Chão d'Água...

Ah, quem escreverá a história do que poderia ter sido? (Álvaro de Campos)

No Chão d'Água...

Ah, quem escreverá a história do que poderia ter sido? (Álvaro de Campos)

22.01.11

Resignação


  Arisco risco No chão de névoa A distância dos passos Que nunca me trazem de volta…   Revolta é quanto me resta Que por esta fresta De luz e medo Em segredo me resigno A ser ainda Eu!     Em 14.jan.2011, pelas 16h45
28.11.10

Po.Ética - Primeiro


  Quando o sol nasce vem nu, Despido de preconceitos racistas, Aquecer todos por igual E espalha os seus raios a granel Em todos os cantos escondidos…   Nos campos aloira os trigais, Nas montanhas derrete a neve, Nos bosques desperta as lagartixas, Nos ribeiros espelha-se nas águas E ri-se de mim quando lhe faço caretas!   À noitinha deixa-me com um adeus suave, Manchado de cores de oiro e vinho doce E vai dormir um sono largo nas paragens invisíveis do meu sonho A (...)
17.10.09

Alvorecer


  Volúvel madrugada...   Presos no fio das horas fiapos de luz acordam cobrindo as planícies do abandono, onde o orvalho cristal se dependura da folhagem, reflectindo faúlhas de arco-íris.   Pássaros azuis, sonolentos ainda, arribam, distendem as asas, ensaiam o primeiro voo matinal e lançam-se em direcção ao sul.   Vagarosas as núvens, cúmulos fantasmagóricos, pinturas abstractas suspensas e gratuitas, fazem percurso no sopro perpétuo do vento.   (...)
21.09.09

Imperfeita perfeição


  A propósito do poema "Concretizar", de Maria Luisa Adães     O concreto é pedaço de nada que a vida incendeia, vagalume que tremeluz na noite fria e de cuja fosforescência ressalta o sorriso das crianças!   O concreto é ser avião, cujas asas de ferro imitam o pássaro de fogo de cuja gaiola dourada se liberta a vontade de ir ao infinito, sem temores, nem cedências!   O concreto é caminhar pelos carreiros que o formigueiro des (...)