INUTILIDADES
Escorre pelas minhas mãos o líquido dos teus olhares vagarosos, as dores do tempo das tuas regras, o vazio das palavras que escreves em blocos de notas à espera que alguém as leia. Escorrem dos meus lábios beijos que não conheces, sorrisos que não identificas, gritos de silêncio que nunca ouvirás ainda que te afadigues na escuta. À noite, a liquidez coada das almas transformam os encontros em inutilidades e por cada gota de saliva que sorves da minha boca dá-se a osmose da (...)