Não estavas, mas estiveste! Não falaste, nem riste, mas senti-te! O teu lugar ficou vazio e o teu prato não foi tocado sequer, mas o eco das tuas gargalhadas encheu aquele lugar do chão ao tecto e tudo o que não dissemos eu recordei, quando o ruído das vozes maquilhou de sorrisos aquele espaço sem tempo. Não foi nada mais do que saudade! Não foi (...)
Talvez se resolva por si, este vazio que sinto... Talvez aconteça um milagre, que me liberte da presunção de ser um naufrago que se agita e causa ansiedade a quem me avista... Talvez ainda haja um paredão onde me possa sentar a ver o pôr-do-sol... Talvez a encosta que nunca desci, do lado de lá do monte, seja mais verde do que aquela que trepo todos os dias, do lado de cá (...)
Fonte: Google Não sobrou nenhuma palavra Depois que disse: amo-te! Nem nenhuma pomba branca veio Arrulhar um segredo Que descosesse o meu silêncio; Nem uma nuvem de algodão quis Aferrolhar o sol só para si; Nem um sopro de aragem levou para longe Aquela memória feita de gomos de saudade E algumas migalhas de solidão. Depois que olhei de frente o sol No final do dia A noite veio despudoradamente deitar-se comigo Numa cama vazia de encantamento E fez com que não dormisse (...)
Pai e filho (fonte: Google) Ontem, tinhas o olhar de ver muito além E levavas pela mão este, que era quase ninguém; Sorrias o teu sorriso de encantar E achavas estórias de sonho na chuva e no luar; Pintavas de sonoros azuis e verdes o amanhã E nada retardava a passada desse teu afã; Tomavas as dores como um alento ou elixir E dizias, por gestos únicos, o amanhã, o porvir! Ontem, havia pirilampos num arrebol de alfazemas, Nas noites quentes dum estio de cansaço e dilemas; (...)
Não podem as bombas apagar
A beleza que irradia da alma
Quando aos olhos se alevantam
As boninas e no claro silêncio das pradarias
Uma ave voa a traçar fios de luz
No lençol imenso do horizonte.
Amor é…
Querer mais que se querer
E, por bem-querer, içar voo
Para atingir as lonjuras do ser
A aura do amanhecer
O fôlego intacto das hordas que se ofertam
Em gestos de magnanimidade
Sem preço, nem quinhão.
Amor é…
Entregar-se na intocada maravilha
Da (...)
Por amor te matarei…Morrerei por amor?O desassossego me fere e mata,O desespero me cega e dói! Quem disse – quem foi?Que, imolado pela dor,Se ganha o céu? by PC, em 08.Set.2010