Breve o sorriso
e a pétala cai..
Sopro de aragem
que leva a saudade...
Raio de luz
penetrando o silêncio...
Fundo na alma
derrama-se o sonho!
Mãos sobre o colo
à espera de Deus...
Flor na campina
aspergindo aroma...
Pássaro azul
inventando destinos...
E o olhar quedo
procurando o verso!
Arrancado a ferros
o corpo segrega
gritos tormentosos
na espera final
e as papoilas rubras
viram madrugada
quando o dia nasce
e acorda a paisagem.
Tudo se completa
na curva da tarde
e aos ninhos vazios
retornam as almas
para chamar a lua
em preces de medo
crentes pecadores
sem aura nem credo.
Quando o sono entra
escancarando a porta
as luzes das casas
já não têm cor
e os pirilampos
chegam de mansinho
rebanho de luz
sem cão nem pastor.
Uma e outra e outra
estrelas cadentes
caiem na vertigem
dum sonho maldito
quais anjos sem asas
que o abismo toma
a exorcizar fantasmas
ou a criar herois.
Teimando, teimando
faz-se curta a estrada
e tão longo o tempo
que a memória trai
e de olhos fechados
já só vemos negro
o arco-íris brilhante
suspenso no azul.
Rendo-me à fraqueza
de ser sonho apenas
de inventar a dor
quando a dor não é
de rir sem razão
quando o riso é mágoa
de manter a esperança
quando perco a fé.
Rendo-me...
Mas fico de pé!
by Paulo César, em 06.Fev.2010, pelas 23h30
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