Poema insolente
Quero o tudo e o nada para que nada me falte e tudo me torne pusilânime e imbecil!
À semelhança dum animal pré-jurássico quero garras insolentes e uma força aterradora que me distinga sem necessidade de marca! Almejo a demência a voracidade o despropósito a medonha aura dum chacal ou dum abutre pronto a atacar os despojos da carne infecta! Onde a paz existir levarei o terror no lugar do silêncio plantarei a escarninha dor em vez de luz trevas e sombra que alimentarão o medo e submeterão os sonhadores! Proibido será o amor, as lágrimas e a saudade! A orfandade germinará no pântano da existência e as papoilas outrora rubras hão-de tornar-se roxas como o luar de Agosto! Quero o tudo e o nada! Ou tudo... Ou nada!
by Paulo César, em 25.Nov.2009, pelas 19h10