Olhar de pedra
Violáceo olhar de pedra
enxergando a distância dum adeus
em ti o sorriso nunca medra
tu só conheces a frieza dos breus!
Nenhum trinado te faz ceder
à beleza do passaredo que voeja
que esse olhar não sabe ver
para além da solidão que de ti goteja.
Os prados verdes e serenos
os montes erectos e altivos
os bosques rudes e vivazes
nada é antidoto para os venenos
que alimentam teus olhos mortos-vivos
num corpo de medos tão mordazes.
by Paulo César, em 28.Nov.2009, pelas 09h45