Rei Sol
Framboesa magenta azul e lilás voragem cinzenta num voo fugaz acorda-se o dia na aurora fulgente escondendo a fria noite pungente cresce sibilino alcandorando-se altivo como arrogante inquilino do celeste cativo derrama sem lei o que a lei não domina portentoso rei que tudo ilumina e por milénios quedo mas avesso à clausura percorre em segredo o dia todo e a noite escura e quando o sonho se abeira no sono dos vivos ele vai sem canseira com seus raios altivos dar luz à cegueira e libertar os prostrados os sem eira nem beira
os desterrados coado que seja pelo manto nublado é ele que se almeja no Inverno cerrado altares de ofício são os cumes serranos aras de sacrifício levantai oh humanos que aquele que explode em tão constante explosão é a vida que a vida sacode e merece vossa atenção!
by Paulo César, em 25.Nov.2009, pelas 20h00