O novo pinheiro de Natal
nas montanhas lunares e nos
equinócios escreveríamos sinais
e com lumes acesos aqueceriamos
os silêncios e as solidões alheias e nuas
para que de cada nova noite se soltasse
um grito mais e tantos que o coro de todos eles
fosse a seara ondeante dum trigal de espigas loiras
E ainda assim este poema tem a encimá-lo o se que tanto doi a quem só tem dores para desfiar à lareira dum fogo que não arde, porque a esperança está prestes a morrer no borralho da cinza quase extinta!
Apesar do pinheiro verde, cinzento é quase tudo o que à sua volta se move impaciente e impassível, no alheamento dum tempo frio onde os corpos gangrenados se escondem sob papelões velhos a mitigar o abandono dos simplesmente abandonados!
by Paulo César, em 24.Nov.2009, pelas 20h30