Deixa-me só...
Deixa-me só...
Não atormentes o meu silêncio
com palavras inúteis
ou um sorriso macilento
que traga consigo o odor
a bafio
e uma quase aspereza
com sabor a castigo
sem perdão!
Deixa que me embale no abandono
duma viagem sem destino
como se buscasse a pedra filosofal
ou o elixir da eterna juventude
ainda que as lágrimas
caiam no âmago do mesmo silêncio
bruto
e doam como punhais
tragando a carne em agonia!
Deixa-me só...
A guardar os caminhos sem regresso
e a tornar vivas as imagens
perdidas
do tempo da inocência!
by PC, em 20.Mai.2010, pelas 20h00