...Terra da fraternidade...
“…Terra da fraternidade,
O Povo é quem mais ordena,
Dentro de ti, oh cidade…”
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Ainda os gestos
Ainda as gargantas e o grito
Ainda os sonhos e a certeza
Ainda a terra, o pão, a justiça
Ainda os olhos rasos de água
Ainda a alegria
Ainda as estrofes do hino que ficou
Que ficará
Ainda a convulsão e o desassombro
Que nos empurra
Ainda a maré cheia de gente
Num chão de luta
Ainda o futuro tão longe
E o passado tão denso
Ainda o presente sombrio
E um país por construir
Ainda a cor que inundou corações
E floresceu entre Abril e Maio
Ainda as vozes que cantaram
“Trova do vento que passa”
Ainda o punho ao alto
Ainda o coro das vozes unidas
“O povo unido jamais será vencido!”
A plantar esperança em janelas
Ao som duma alvorada irrepetível
Ainda nós, sempre nós,
E um cravo rubro a tingir
De comoção e felicidade
“Os filhos dos homens que não foram meninos”
Ainda Abril, em todos os dias do ano…
Ainda Maio, em todas as memórias da vida!
Para sempre, Viva!
“A Liberdade está a passar por aqui…”
by Paulo César, em 25.Abr.2010, pelas 16h00