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No Chão d'Água...

Ah, quem escreverá a história do que poderia ter sido? (Álvaro de Campos)

No Chão d'Água...

Ah, quem escreverá a história do que poderia ter sido? (Álvaro de Campos)

06.03.10

No palco


  Nos bastidores aquece-se a voz buscando o tom certo para a prestação em vista e os nervos crescem no suor frio sentido nas mãos, que já não obedecem.   A plateia em frente murmura em silêncio esperando que o pano suba logo após as pancadas secas que anunciam, próximo, o começo.   A banda sonora arranca em crescendo e as luzes todas acendem o palco escondendo o medo que o artista vence com palavras ditas em estudadas poses.   Palmas libertam os fantasmas que (...)
02.11.09

Perdidamente perdida


  Mas hoje nem riso, nem pranto Que o dia é dia de Sol Viver mais um dia, que espanto! Sou feliz! No milheiral, girassol.   Excerto do poema “Não trago comigo não”, de Natália Nuno     De olhos no sol invento o futuro que de longe me chama com sua voz mansa e de quanto passou, luminoso ou escuro, já só tenho a saudade, só me resta a lembrança!   Queria, ah como eu queria tanto, ser pardal, andorinha, estorninho ou rola para voar e (...)
05.10.09

Monólogo comigo mesmo


Tenho-te no pranto dos meus olhos-mar, na solidão serena das minhas mãos-âncora, na luz rebelde, quente, dos meus olhos-sol, na loucura toda do meu corpo-chão   e o quase nada que sei de ti aprendi nos trilhos amargos dos dias breves, na insolência repetida das questões por responder, no refúgio escancarado das palavras que semeio, a tentar, a repetir, a insistir na sementeira do amor.   E o que não conseguir deixarei ainda no rasto indelével dos meus (...)