Poema deslumbrado
Desfaleço nos braços da noite
e adormeço no colo do luar
como se a poesia fosse
ainda
o lençol de linho
que minha avó punha a corar
ao sol do meio dia.
Que sei de palavras
tão cheias de odores
como as rosas nascidas
do ventre da terra
ou as papoilas rubras
sacudidas pelo vento?
Deixem-me dormir mansamente
até que a manhã me acorde...
Talvez assim eu possa sentir
o odor da madrugada
e morrer de amor pelas gotas de orvalho!
Em 14.Abril.2010, pelas 18h15
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