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No Chão d'Água...

Ah, quem escreverá a história do que poderia ter sido? (Álvaro de Campos)

No Chão d'Água...

Ah, quem escreverá a história do que poderia ter sido? (Álvaro de Campos)

08.06.10

Grito!


  "Guernica", de Pablo Picasso (imagem retirada da internet)   Sempre que busco o essencial, descubro o acessório e o secundário E rendo-me à sofrivel incapacidade de ir mais fundo e mais  longe Na descoberta do sonho ou do remédio que cure a teimosia exausta Que continua a lançar-me para diante ainda que resignado À certeza de que a chegada se fará dolorosa e a estrada será longa.   Dias (...)
07.06.09

Desabafo... (quase grito)


  Apetece-me escrever Com a força dum grito As palavras que soltem Na branca planura do papel A imanente loucura Do desejo.   Cogito E no plano luminoso das águas Adivinho o rumorejar Duma oração Que soa a ladainha Onomatopaica.   Deambulo sem destino! Algures uma gota de sol Penetra a solidão que me domina E acende a estrada luminosa Por onde escorrem vogais E consoantes e interjeições E pedaços soltos de ideias soltas, Que se dependuram de mim À boleia dos dias claros E das (...)
05.06.09

Apelo da terra


  Chamam-me os luares, as ventanias, O coachar das rãs, o chiar das noras, O canto dos ranchos na faina dos dias, O repicar dos sinos ao cair das horas.   Chamam-me o odor a feno e a trigo loiro, O frescor das águas alagando as hortas, O vivo das papoilas e o verde dos prados, Das memórias vivas de tantas vidas mortas.   Chamam-me os silêncios ao redor do fogo - que a lareira acesa a todos congregava - As histórias simples com nacos de gente Em palavras nuas de tanto e de nada.   Chamam-m (...)
05.02.09

Grito ou quase


  Estridente e sonora É a força do grito Que aflito Lanço e lancinante Cruza o estertor Da minha voz calada.   E o momento, instante, Jorra e do nada Sobrevem a dor Que me apavora...   Finco-me na ausência, Abstenho-me da essência!   E morro por dentro Dum grito Que não foi.   by Paulo César, em 02.Fev.09, pelas 20h30  
07.06.07

Grito!


Hoje dói-me esta dor de não sei o quê Esta amargura de não sei como Esta solidão de não sei onde Dói-me simplesmente estar aqui e não saber como explicar este sentimento estranho de sentir-me cruamente macerado por uma claustrofobia de não estar fechado, uma angústia de não estar só, uma ausência de estar presente! Olho em redor e tudo está onde deve estar! E no entanto dói-me esta dor infini (...)