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No Chão d'Água...

Ah, quem escreverá a história do que poderia ter sido? (Álvaro de Campos)

No Chão d'Água...

Ah, quem escreverá a história do que poderia ter sido? (Álvaro de Campos)

20.01.16

O NATAL POSSÍVEL


Não estavas, mas estiveste! Não falaste, nem riste, mas senti-te! O teu lugar ficou vazio e o teu prato não foi tocado sequer, mas o eco das tuas gargalhadas encheu aquele lugar do chão ao tecto e tudo o que não dissemos eu recordei, quando o ruído das vozes maquilhou de sorrisos aquele espaço sem tempo.   Não foi nada mais do que saudade! Não foi (...)
06.11.12

Talvez...


  Talvez se resolva por si, este vazio que sinto... Talvez aconteça um milagre, que me liberte da presunção de ser um naufrago que se agita e causa ansiedade a quem me avista... Talvez ainda haja um paredão onde me possa sentar a ver o pôr-do-sol... Talvez a encosta que nunca desci, do lado de lá do monte, seja mais verde do que aquela que trepo todos os dias, do lado de cá (...)
23.09.11

Declaração de amor (I)


  Fonte: Google     Não sobrou nenhuma palavra Depois que disse: amo-te! Nem nenhuma pomba branca veio Arrulhar um segredo Que descosesse o meu silêncio; Nem uma nuvem de algodão quis Aferrolhar o sol só para si; Nem um sopro de aragem levou para longe Aquela memória feita de gomos de saudade E algumas migalhas de solidão.   Depois que olhei de frente o sol No final do dia A noite veio despudoradamente deitar-se comigo Numa cama vazia de encantamento E fez com que não dormisse (...)
01.08.11

Carta a meu pai...


Pai e filho (fonte: Google)   Ontem, tinhas o olhar de ver muito além E levavas pela mão este, que era quase ninguém; Sorrias o teu sorriso de encantar E achavas estórias de sonho na chuva e no luar; Pintavas de sonoros azuis e verdes o amanhã E nada retardava a passada desse teu afã; Tomavas as dores como um alento ou elixir E dizias, por gestos únicos, o amanhã, o porvir!   Ontem, havia pirilampos num arrebol de alfazemas, Nas noites quentes dum estio de cansaço e dilemas; (...)
20.05.11

Modesta definição de amor


  Não podem as bombas apagar A beleza que irradia da alma Quando aos olhos se alevantam As boninas e no claro silêncio das pradarias Uma ave voa a traçar fios de luz No lençol imenso do horizonte.   Amor é… Querer mais que se querer E, por bem-querer, içar voo Para atingir as lonjuras do ser A aura do amanhecer O fôlego intacto das hordas que se ofertam Em gestos de magnanimidade Sem preço, nem quinhão.   Amor é… Entregar-se na intocada maravilha Da (...)