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No Chão d'Água...

Ah, quem escreverá a história do que poderia ter sido? (Álvaro de Campos)

No Chão d'Água...

Ah, quem escreverá a história do que poderia ter sido? (Álvaro de Campos)

14.04.10

Avô


 

No plano das águas

deposito o silêncio

transcendente,

descosendo das palavras

os nós que agrilhoam

as emoções

para me unir à mágica luz

reminiscente

do teu olhar

feito de memória viva

e saudade,

que implode no meu coração

até às lágrimas.

 

Quando foste,

ficaste mais autêntico

dentro do meu sonho

de quase menino

e hoje és ainda a realidade

imanente

dos meus dias

futuros.

 

Quando nos (re)encontrarmos

vou dizer,

num abraço imenso

o quanto te amo!

 

À memória e em memória do meu avô MAD, sonhador como eu e tão mais digno, recto e vertical.

Em 13.Abr.2010, pelas 10h40

PC